quarta-feira, 31 de março de 2010

Modernidade Líquida e Geração Y: um texto não profundo, mas provocador

Zygmunt Bauman, em A modernidade líquida – um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível – teoriza que esse mundo traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos em atividade, investiga nesse livro de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores. Identifica e conceitua que a prioridade para relacionamentos em “redes”, as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade – e freqüentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual –, faz com que tenhamos dificuldade mais manter laços a longo prazo.
É mais que uma mera e frustrante constatação: não apenas as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados, mas também a nossa capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada. E aqui pode-se também incorporar relações profissionais.
Vale a pena ler esse autor que provoca em quem lê reflexões sobre o “de hoje para frente” e responsabiliza, na minha visão, as gerações atuais e futuras para repensar este fenômeno (?). Na minha visão comparativa com outras responsabilidades humanas com o cuidado de não cair na pieguice do saudosismo por puro desprazer de encarar que o que passou, passou e que nada volta, pois qualquer retomada de posições, trará incorporada alguma mudança, o que a torna, pragmaticamente falando, desigual, diferente, embora baseado nos modelos (ultra) passados.

“ eu já estou com um pé nessa estrada,
qualquer dia a gente se vê,
sei que nada será como antes,
amanhã...”

Milton Nascimento / Ronaldo Bastos


Na minha interpretação, o conceito da modernidade líquida pode também ser associado ao conceito presente da chamada Geração Y. Imediatismo, descompromisso, o agora como foco de interesse, a fragilidade das relações, os grupos, os guetos, as tribos...ilhas. E em cada ilha, o eu em primeiro plano.
Nada contra, até porque pensar-se em primeiro plano, dá a possibilidade de fortalecer-se mais.
Se for apenas para a auto-proteção, eu questiono a validade dessa posição. Se for para fortalecer-se para ser mais inteiro para os outros também – o mundo, comunidade, sociedade, o do meu lado (nem à frente, nem atrás) pode significar a reconstrução das hoje relações líquidas e assim, (re) modelar a circulação das energias que podem ter sido perdidas, esperando um dial que as sintonize numa estação possibilitando a todos, a condição de acesso.
Utopia?

Wagner Valença, março 2010
wgv@terra.com.br

Seres Infantis...


"Somos seres infantis, neuróticos, delirantes e também racionais.
Tudo isso constitui o estofo propriamente humano.
O ser humano é um ser racional e irracional, capaz de medida e desmedida; sujeito
de afetividade intensa e instável.
Sorri, ri, chora, mas sabe também conhecer com objetividade; é sério ecalculista, mas também ansioso, angustiado, gozador, ébrio, extático; é um ser de violência e de ternura, de amor e de ódio; é um ser invadido pelo imaginário e pode reconhecer o real, que é consciente da morte, mas que não pode crer nela; que secreta o mito e a magia, mas também a ciência e a filosofia; que é possuído pelos deuses e pelas Idéias, mas que duvida dos deuses e critica as Idéias; nutre-se dos conhecimentos comprovados, mas também de ilusões e de quimeras. E quando, na ruptura de controles racionais, culturais, materiais, há confusão entre o objetivo e o subjetivo, entre o real e o imaginário, quando há hegemonia deilusões, excesso desencadeado, então o Homo demens submeteo Homo sapiens e subordina a inteligência racional a serviço de seus monstros."
Edgar Morin

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vontades.


Certamente você já leu:
PARA TER ALGO QUE VOCÊ NUNCA TEVE, PRECISA FAZER ALGO QUE NUNCA FEZ.
Desconheço o autor, mas o parabenizo fortemente. Ele certamente sabia que somos reféns de nossos valores, pensamentos e atitudes. Querer algo novo é preciso; por mais paradoxal que possa parecer, é necessário inovar.
Conheço pessoas que querem muito realizar a sua mudança, mas se sentem incapazes de tomar a atitude que as levaria à sua tão sonhada realização.

Muitos são reféns do que lhes foi imposto ao longo de sua vida pelos que os cercam... Mulheres reféns de maridos. Filhos reféns dos pais. Homens totalmente submissos às suas mulheres. Subordinados cansados de seus chefes e do que fazem. Profissionais que cursaram a Universidade só para agradar as famílias e jamais a eles próprios. Médicos que fizeram medicina por ser uma "profissão rentável" e se esquecem que medicina é uma profissão que mais exige desprendimento material.
Enfim, nos dias de hoje, é comum encontrarmos pessoas infelizes por conta da maneira como vivem. Todas buscam os culpados e eu fico pensando: será que não se olham no espelho?
Eu sou o espelho de minhas atitudes. Se não estão adequadas, cabe a mim a decisão de mudar. Se quiser uma empresa nova também preciso exercitar o novo. Enfim, sou o que sou. Mas, se não estou satisfeito, eu tenho que ir à luta...

Muito se fala, se escreve e se aponta sobre a força do pensamento positivo.
Da maneira como devo encarar as minhas verdades e o que fazer com elas. Tudo isso é fundamental para nossas colheitas futuras.
Porém, todas as vezes que negligenciamos as nossas verdades somos penalizados com pigarros, labirintite, dores de garganta e mais um sem número de outros problemas de saúde...
É preciso termos ciência, sempre, de que a doença foi causada por nós. Nós somos os agentes dela, mesmo que os vetores sejam externos à nossa vontade. De alguma maneira permitimos... Aceitamos as imposições de terceiros em nossas vidas. Isso causa sofrimento. Portanto, ser saudável depende de nossas atitudes e quando ficamos doentes não é por causa da genética.

Portanto, o combustível da mudança é a nossa vontade. O veículo, o pensamento. Sem a vontade, o nosso "carro" não anda. Precisamos colocar nele esta ação cósmica para que ela se torne determinação. Por isso, insisto em afirmar que quem souber, mas não aplicar o conhecimento, nunca ficará sábio.
Assim, com pensamentos adequados à nossa evolução e a vontade para os executarmos, deixaremos de estacionar numa eventual "zona de conforto" para empreendermos a busca daquilo que nunca tivemos.
Estamos vivendo uma fase muito importante em nossas vidas para colocarmos a nossa VONTADE de mudar em teste. Foram vários os e-mails que recebi dando testemunho de que as pessoas estão efetivamente vivendo o momento da mudança.

Nossas mãos não resolvem todos os problemas do mundo, mas dão encaminhamento à solução das nossas amarguras, angústias e dificuldades, desde que tenhamos vontade para tal.
Coloquemos, portanto, nossa vontade a favor de nossa determinação. Só ela cria uma intenção impecavelmente dirigida...



Saul Brandalise Jr.

É autor do livro: O Despertar da Consciência da editora Theus, onde mostra através das narrativas de suas experiências como extrair lições de vida e entusiasmo de cada obstáculo que se encontra ao longo de uma vida.

sexta-feira, 19 de março de 2010


Que o Universo conspire sempre a seu favor e lhe permita instantes de puro agradecimento:
Pelo que você tem, pelo que você é, pelos seus sonhos, pelo seu crescimento interior, pela serenidade de sua alma.

Que você possa, neste tempo de confraternização, renovar sua fé...

Pela paz, pela felicidade, pela abundância.

Abra suas asas, elas têm a dimensão que você permitir que elas tenham.

Desconheço o autor do texto.

Poema da reflexão

Na ainda curta escola da minha vida, uma coisa aprendi: Na verdade nada sei.
Por mais que eu busque e aprimore, quando penso que sei,
basta mergulhar no meu interior para perceber, que continuo sem saber.
Dizem que a idade nos torna sábia no sentir e no viver
Mas eu reconheço que ainda tenho muito que aprender
Vislumbro o avançar do tempo, durante dias e noites
Em cada amanhecer, mergulho no meu mundo, então encontro meu único saber:
Que sem Amor não há sentido para eu viver!

Taciana Reis

segunda-feira, 15 de março de 2010

No presente ou na ilusão

John Smallman - 10/03/2010

Na ilusão vocês passam muito tempo esperando pelas coisas acontecerem, ou esperando e tendo esperança de que certas coisas não aconteçam. De qualquer modo vocês esperam muito, o que é estressante, aborrecido e inútil. Na ilusão o tempo é o principal problema para vocês e parece controlar suas vidas - porque sem ele não haveria causa e efeito.

Na Realidade há somente o eterno agora.
Aqui, causa e efeito são um, sempre presentes, não divididos.

Estando tão imersos na ideia de tempo vocês não conseguem conceber a vida sem ele, deixam de imaginar como poderia ser. Na Realidade vocês não têm necessidades, então o tempo seria irrelevante.

Na ilusão o tempo é mestre cruel de quem todos vocês parecem ser escravos. Vocês são governados pelo passar do tempo porque o que vocês esperam com um entusiasmo alegre irá passar junto com ele, deixando vocês outra vez desolados e desencorajados.

Viver no momento do agora - aceitando o que existe, sem se preocupar com o que passou ou o que ainda está para vir - é o caminho para a paz.

Exige muita prática, mas se vocês perseverarem, isso se tornará uma segunda natureza. As crianças fazem isso o tempo todo quando elas são deixadas livres das restrições e pressões do mundo adulto - um mundo em que os adultos são tão ávidos para se imporem aos filhos!

Quando vocês vivem no agora, vocês ficam relaxados, e suas ideias criativas fluem mais suave e facilmente do que quando vocês se impõem metas e prazos.

Na ilusão parece estranho tentar viver a vida fora do tempo - no momento do agora - e ainda vocês veem pessoas fazendo isso, muito alegremente, e vocês se perguntam: qual é o problema com elas?! Se elas percebessem como é insano, então elas ficariam preocupadas!
(Como elas podem não perceber como isso não é prático?
E por que elas não estão preocupadas e pressionadas? )

Esta obsessão com o tempo é endêmica nas áreas industrializadas do planeta, onde é super populoso e aparentemente um corta o caminho do outro. Então vocês constroem mais estradas e aeroportos para poderem se movimentar e achar mais espaço para si mesmos, mas isso não funciona, pois então vocês gastam mais tempo ainda viajando - o que também é uma forma de esperar - para lugares onde vocês trabalham, moram, ou apenas visitam.

E o tempo corre, deixando-os ansiosos e confusos, então vocês correm mais ainda, preocupando- se o tempo todo. Que é tão insano assim?

Na Realidade tudo é sublimemente alegre e em paz, já que não há o tempo ameaçando vocês com desperdício dele ou com prazos finais que ele lhes impõe.

A Realidade apenas é.

Este é um conceito difícil de compreender quando vocês estão tão profundamente imersos na ilusão. A ilusão impõe em vocês estresse e ansiedade porque ela não pode oferecer certezas. A qualquer momento pode irromper uma catástrofe - vocês veem isto acontecendo com os outros todos os dias - e então vocês têm de tomar todos os tipos de precauções preventivas. Aí descobrem que essas são inadequadas e precisam planejar outras.

A vida é um esforço constante para providenciar proteção e segurança, e na ilusão isso é impossível. Vocês se distraem com grandes planos e esquemas que parecem funcionar, e então ocorrem outros eventos imprevistos e imprevisíveis, jogando-os mais uma vez num estado de perplexidade e aflição, no qual vocês sentem uma forte necessidade de se afixarem em alguém para julgar, culpar e punir.

Despertar e sair da ilusão é um caminho para a alegria e a liberdade; e vocês irão despertar - isso é inevitável.

Para ajudar a passar o tempo até o momento chegar, pratiquem viver no momento do agora. Conforme vocês vão se aperfeiçoando, vocês começarão a encontrar paz e alegria, mesmo dentro da ilusão. Sua assinatura energética irá mudar conforme seu estresse diminui e sua serenidade aumenta e isto será sentido pelos outros além do nível da consciência deles.

Estejam onde estiverem, vocês irão estender um campo palpável de efetividade serena que trará a mais benéfica consequência de todas com aqueles com quem vocês interagem, seja num breve cruzar na rua, num pensamento sobre alguém ou num e-mail para alguém, ou através de um encontro físico mais extenso.

Quando os outros solicitarem sua opinião, a incrível impressão que eles terão será uma de natureza tranquila e pacífica que não contém nenhuma necessidade de julgar, condenar ou considerar alguém inaceitável.

Se vocês continuarem fazendo assim durante o tempo remanescente que vocês passarão na ilusão, vocês estarão acrescentando mais auxílio e força à intensidade do campo divino que envolve o planeta e que está assistindo no processo de despertar. E, claro, vocês também colherão os benefícios deste modo satisfatório de viver.

Vocês verão que os julgamentos e condenações involuntárias que vocês estão acostumados a fazer ocorrerão com uma frequência cada vez menor conforme a aceitação do que é se intensifica, trazendo-lhes um senso de paz crescente e uma consciência crescente disso, conforme se aproxima o momento do seu glorioso despertar em total consciência.

Vocês todos são divinamente amados e apreciados em todos os momentos e vocês são infinitamente honrados e respeitados pelo caminho que vocês escolheram seguir - um caminho que os está levando infalivelmente para fora da ilusão e em direção à sua destinação celestial.


Texto retirado do Portal Arco Irís

terça-feira, 9 de março de 2010

Glândula Pienal


Psiquiatra brasileiro, mestre em Ciências pela USP e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica.

A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e do espiritismo. Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatita que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenômeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Segundo a revista Espiritismo & Ciência, "o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática.

Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.